segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pôr-do-Sol?

Éééé...
O fim das férias se aproxima, e o Fubá Ideológico prepara-se lentamente para mais uma hibernação. No fim das contas, postar aqui foi um hábito pouco cultivado por mim, por alguns problemas na placa de vídeo causados pelos pornôs episódios de seriados assistidos freneticamente, o computador estava desligando sozinho, enfim, não dá pra postar com um PC que desliga sozinho no meio do seu postão de 495 páginas u_u
E também eu quero fazer uma acusação interna aqui, quero expor em público porque eu adoro um barraco só assim o pai desse blog se toca UHEUEHUE u_u

O Silas, pai e mentor das piadas mais idiotas desse blog, tem-se mostrado muito ausente, aparentemente tem coisa melhor para fazer do que divertir seus milhões de leitores, por isso eu incito todos vocês a correrem atrás dele com tochas ardentes e gritando impropérios para que ele se lembre que fazer um filho não é só oba-oba não, tem que trocar a fralda e limpar o nariz escorrendo e dar sopinha e mamadeira de 3 em 3 horas para a criança u_u

Fim da discussão de relação UEHUEHUEHUE

Como hoje eu estou sem minhas habituais idéias brilhantes e fodásticas que caracterizam meu humor fino e elegante, vou postar um texto de um conterrâneo e que estudou conosco no mesmo Colégio, ainda que em anos diferentes, ainda que eu não faça a mínima idéia de quem seja ele :B

Lucas, desde já agradeço pela oportunidade :)

O texto é muiiiito bom, VAI TE SURPREENDER, recomendo, e nem venham com essa de "é muito texto, não li!" porque, se você não ler, vou puxar seu pé de noite e colar suas pálpebras com fita isolante e te obrigar a ler todos os textos do meu semestre na faculdade de História ¬¬

Beijos,
@JCaroliiine

Após um dia de pouco trabalho, no qual permaneceu tímido a maior parte do tempo, o Sol se despedia das nuvens beijando-lhes a face branca, que, envergonhadas, ruborizaram-se em tons de vermelho, laranja e rosa. O manto escuro da noite já se desenrolava lá em cima e ia sendo pregado ao firmamento, cada estrela, um botão. Enquanto um último quinhão de luz atrasado corria para esconder-se atrás de um monte, era observado por um par de olhos indiferentes à indiferença das pessoas ao redor. Sentada ali naquela praça, construída no lugar mais alto da cidade, Maria era a luzes e cores.

Naquele cenário, poderia ela própria fazer parte do espetáculo, pois sua beleza em nada devia a das estrelas de luzes fugidias. Era um presente da natureza aos olhos humanos. Dos pêssegos emprestou a textura da pele e, do mel, a cor. As pérolas mais raras que se formam em milhares de anos invejavam seus dentes alinhados em um sorriso brilhante envolto em lábios delicados como a seda. A cor dos olhos veio da noite sem estrelas, e o oceano lhes concedeu sua profundidade. Não pode-se dizer que caminhava, mas bailava em harmonia de formas e gestos. Mas, sentada ali naquela praça, única espectadora daquela valsa de permanecia imóvel como uma obra-prima esperando um artista que eternize sua glória.

Repetia esse ritual sempre que possível e sempre que o Sol estivesse disposto a exibir-se em sua retirada como hoje. Ao olhar na direção do poente, não pensava exatamente na beleza de tudo aquilo. Pensava nas centenas de pessoas que por ali passavam e não notavam a natureza pedindo atenção. Perguntava-se se existiam realmente pessoas sensíveis como nos livros de Shakespeare ou nos filmes de amor ou ainda, quem dera, como nos contos de fadas, princesas e príncipes. Sonhava com a vinda de um nobre mancebo que comparasse seus olhos às estrelas como fez Romeu, que lhe trouxesse uma sapatilha de cristal, que brandisse sua espada e a salvasse de um dragão. Ou que ao menos compreendesse a beleza de um pôr-de-Sol.

Seus pensamentos foram trazidos de volta à terra firme ao perceber que um rapaz se aproximava. Achou que ele era bem apessoado e sentiu uma estranha atração por ele. Ele pediu licença, sentou-se ao lado dela e ficou um minuto olhando para o horizonte que dava as boas vindas à nova noite e suas estrelas. “Poderá ser este?”- perguntou ela a si mesma. O moço virou-se para ela com um olhar penetrante, ensaiando as palavras perfeitas para a ocasião, hesitou por um momento e, finalmente, disse:

- Putz, você é muito gata! Tem MSN?


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