O fim das férias se aproxima, e o Fubá Ideológico prepara-se lentamente para mais uma hibernação. No fim das contas, postar aqui foi um hábito pouco cultivado por mim, por alguns problemas na placa de vídeo causados pelos
O Silas, pai e mentor das piadas mais idiotas desse blog, tem-se mostrado muito ausente, aparentemente tem coisa melhor para fazer do que divertir seus milhões de leitores, por isso eu incito todos vocês a correrem atrás dele com tochas ardentes e gritando impropérios para que ele se lembre que fazer um filho não é só oba-oba não, tem que trocar a fralda e limpar o nariz escorrendo e dar sopinha e mamadeira de 3 em 3 horas para a criança u_u
Fim da discussão de relação UEHUEHUEHUE
Como hoje eu estou sem minhas habituais idéias brilhantes e fodásticas que caracterizam meu humor fino e elegante, vou postar um texto de um conterrâneo e que estudou conosco no mesmo Colégio, ainda que em anos diferentes, ainda que eu não faça a mínima idéia de quem seja ele :B
Lucas, desde já agradeço pela oportunidade :)
O texto é muiiiito bom, VAI TE SURPREENDER, recomendo, e nem venham com essa de "é muito texto, não li!" porque, se você não ler, vou puxar seu pé de noite e colar suas pálpebras com fita isolante e te obrigar a ler todos os textos do meu semestre na faculdade de História ¬¬
Beijos,
@JCaroliiine
Após um dia de pouco trabalho, no qual permaneceu tímido a maior parte do tempo, o Sol se despedia das nuvens beijando-lhes a face branca, que, envergonhadas, ruborizaram-se em tons de vermelho, laranja e rosa. O manto escuro da noite já se desenrolava lá em cima e ia sendo pregado ao firmamento, cada estrela, um botão. Enquanto um último quinhão de luz atrasado corria para esconder-se atrás de um monte, era observado por um par de olhos indiferentes à indiferença das pessoas ao redor. Sentada ali naquela praça, construída no lugar mais alto da cidade, Maria era a luzes e cores.
Naquele cenário, poderia ela própria fazer parte do espetáculo, pois sua beleza em nada devia a das estrelas de luzes fugidias. Era um presente da natureza aos olhos humanos. Dos pêssegos emprestou a textura da pele e, do mel, a cor. As pérolas mais raras que se formam em milhares de anos invejavam seus dentes alinhados em um sorriso brilhante envolto em lábios delicados como a seda. A cor dos olhos veio da noite sem estrelas, e o oceano lhes concedeu sua profundidade. Não pode-se dizer que caminhava, mas bailava em harmonia de formas e gestos. Mas, sentada ali naquela praça, única espectadora daquela valsa de permanecia imóvel como uma obra-prima esperando um artista que eternize sua glória.
Repetia esse ritual sempre que possível e sempre que o Sol estivesse disposto a exibir-se em sua retirada como hoje. Ao olhar na direção do poente, não pensava exatamente na beleza de tudo aquilo. Pensava nas centenas de pessoas que por ali passavam e não notavam a natureza pedindo atenção. Perguntava-se se existiam realmente pessoas sensíveis como nos livros de Shakespeare ou nos filmes de amor ou ainda, quem dera, como nos contos de fadas, princesas e príncipes. Sonhava com a vinda de um nobre mancebo que comparasse seus olhos às estrelas como fez Romeu, que lhe trouxesse uma sapatilha de cristal, que brandisse sua espada e a salvasse de um dragão. Ou que ao menos compreendesse a beleza de um pôr-de-Sol.
Seus pensamentos foram trazidos de volta à terra firme ao perceber que um rapaz se aproximava. Achou que ele era bem apessoado e sentiu uma estranha atração por ele. Ele pediu licença, sentou-se ao lado dela e ficou um minuto olhando para o horizonte que dava as boas vindas à nova noite e suas estrelas. “Poderá ser este?”- perguntou ela a si mesma. O moço virou-se para ela com um olhar penetrante, ensaiando as palavras perfeitas para a ocasião, hesitou por um momento e, finalmente, disse:
- Putz, você é muito gata! Tem MSN?